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Erasmus+
21 Jul 2023

Formação sobre Coaching em Praga

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Entre os dias 10 e 14 de julho, um conjunto de professoras do Agrupamento de Escolas Emídio Navarro, realizou em Praga numa formação Erasmus+, aprendizagem sobre Estratégias de Coaching para as Escolas. 

Durante estes dias as professoras aprenderam a distinguir coaching, de mentoria, treino e terapia, como enriquecer o potencial de cada indivíduo e algumas das estratégias para desenvolver as competências da comunicação nesta forma de abordagem interativa. 

Até ao meio da semana, a formação incidiu bastante na importância do questionamento e no valor da pergunta quando se quer aplicar o Coaching. Diferenciámos o tipo de questões, as mais simples das que visam alcançar algo mais profundo e a analisar e perceber o valor da questão realizada por meio dos resultados obtidos e a perceber o que pretendemos quando questionamos os outros segundo o modelo JohariWindow. Segundo este modelo, percebemos que podemos, por meio das questões, fazer o indivíduo transportar o que está escondido em si próprio, que os outros não sabem, para a área de saber comum partilhado. A importância deste “transporte” é muito elevada, dado que se não a tornarmos partilhada e conhecida de todos, passamos a vida a fazer afirmações que mais não são do que presunções sobre o outro e não são conhecimento. Ora, numa dinâmica interativa como a da sala de aula, não podemos ignorar o potencial de cada um e deixar que existam muitas “áreas” escondidas daqueles com quem trabalhamos. 

Sendo que há muitas maneiras de questionar (aberta, orientada, estruturada), o que importa nunca perder de vista nesta metodologia é que, por meio da pergunta – esta abordagem põe a tónica no processo e não na resposta – estamos a investigar e a procurar, por meio da discussão, chegar a uma autorreflexibilidade sobre o processo. Como chegar até este nível? Segundo a estratégia do coaching por meio de quatro etapas começadas por F (4F), factos (facts), sentimentos (feelings),descobertas (findings) e o futuro (future).

Assim, quando se aplica esta estratégia (GROW de goal, reality, optionsandwill) buscamos orientar os indivíduos/alunos para objetivos bem definidos, fazê-los analisar esses objetivos em confronto com a realidade, analisar e serem confrontados com diferentes opções para deliberarem e explorarem o maior número possível de possibilidades e oportunidades, mesmo antes de tomarem qualquer decisão. Neste modelo, nesta fase, podemos considerar que a motivação pode agir de uma forma não cega em direção àquilo que ela quer alcançar. Num outro modelo, considera-se relevante partir do confronto do indivíduo com a realidade e só depois partir para a objetivação de metas. Considera-se que podemos caminhar para a análise das opções e a vontade e motivação são as últimas etapas a trabalhar. Atendendo à relevância da determinação dos objetivos, reavivámos a importância de submeter esses mesmos objetivos ao teste SMARTH(ER), quer sigamos um ou outro modelo.

Claro está que o grupo de professoras aproveitou o tempo livre para conhecer Praga e caminhar nas suas ruas cheias de história e beleza. A antiguidade cria sempre, sobre os locais e os espaços, uma aura de mistério e sedução que nos espantam e comovem. Estamos ainda a meio da formação. Mas, quer quando aprendemos quer quando caminhamos, sentimos que percorremos caminhos por onde nunca nenhuma de nós tinha andado.  E, pela experiência, estamos gratas.

A equipa portuguesa.

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